Trissecção do Ângulo
Este problema se consiste em construir um ângulo com um
terço da amplitude de um primeiro ângulo dado, utilizando a régua não-graduada
e o compasso.
A origem deste problema é desconhecida. O que se sabe é que
a primeira tentativa de resolvê-lo foi feita pelo geômetra Hipias (420 a.C.).
Na Grécia antiga sabia-se como bissectar qualquer ângulo com
régua e compasso, seguindo os seguintes passos:
·
Construía-se uma circunferência
centrada no vértice do ângulo (O).
·
Construía-se em seguida duas
circunferências do mesmo raio centradas nos pontos de intersecção da
circunferência anterior com os lados do ângulo.
·
As duas novas circunferências se
intersectam em dois pontos: no vértice do ângulo e num ponto C. A semi-reta com
origem no vértice do ângulo e que passa por C divide o ângulo em dois ângulos
com a mesma amplitude.
Depois da bissecção, os gregos passaram a procurar soluções
para o problema da trissecção. Os gregos sabiam trissectar alguns ângulos (90°,
por exemplo), mas não conheciam um método que funcionasse para todos os outros.
Hoje em dia, sabemos que um ângulo de 60° não pode ser trissectado usando
apenas régua e compasso.
Arquimedes descobriu um processo de se trissectar qualquer
ângulo usando compasso e a régua, mas graduada (o que já não convém nos
postulados de Euclides). Esse processo se consistia em:
·
Construir um ângulo AOB com a mesma
amplitude do ângulo dado e tal que a distância de O e B seja igual a distância
entre dois pontos marcados na régua (tenha uma medida marcada)
·
Construir a circunferência de centro
O e que passa por B.
·
Colocar um dos pontos marcados na
régua num ponto C da reta definida por O e A, colocar o outro ponto marcado num
ponto D da circunferência e ter a reta a passar por B.
Então o ângulo ACB tem um terço da amplitude do ângulo AOB.
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